quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Pesquisas sobre a Primeira infância

A Fundação Maria Cecilia Solto Vidigal (FMCSV), em parceria com o IBOPE e Instituto Paulo Montenegro, realizou e publicou uma pesquisa sobre a percepção da população com alguns aspectos relacionados à primeira Infância.

Para isto, realizou três etapas:
Etapa 1 – Pesquisa com gestantes e mães (crianças de 0 a 3 anos) em Recife e São Paulo.
Etapa 2 – 2002 entrevistados da população brasileira.
Etapa 3 – 203 mães biológicas de crianças de 0 a 3 anos em 18 capitais brasileiras.

De acordo com o Censo 2010, a população de crianças de 0 a 6 anos no Brasil é de 19.632.111.

As pesquisas contemplaram diversos aspectos do desenvolvimento e da estimulação, mas escolhi alguns para citar aqui.
O primeiro deles foi uma pesquisa sobre o que seria importante para o desenvolvimento da criança de 0 a 3 anos.


Nesta mesma etapa, foi constatado que a maioria acredita que 53% das crianças começam a aprender a partir dos 6 meses:


Sobre estes dados, a enfermeira Anna Maria Chiesa analisa:
“É uma questão que chama atenção para o lado negativo. É ruim porque as pessoas podem considerar que aquilo que deixam de fazer não tem nenhum impacto no desenvolvimento da criança ‘Ah, o bebê não está preparado para aprender mesmo...’ Então, se levá-lo para tomar vacina, para consulta de rotina, se cuidar da assadura, alimentá-lo, cuidar da higiene, puser no carrinho e deixar na frente da televisão, está bom. Não existe a consciência de perda de oportunidade que se tem”.

Ainda sobre a primeira infância, perguntou-se para as mães o que estimula a criança de 0 a 3 anos.
A maioria acredita que “dar muito carinho através de conversas, cantos e leituras” (66% na Etapa 2 e 68% na Etapa 3) são boas maneiras de estimular a criança. Porém, o “Brincar” ficou diluído entre “canto, leitura e tempo para o lazer” – que ficaram no topo da lista. Porém, estas atividades não caracterizam o brincar livre e espontâneo da criança.
“Brincar é a atividade que mais revoluciona o desenvolvimento da criança”.
“Há muita sabedoria no brinca e um dos seus pressupostos é a disponibilidade para a brincadeira”.

Mas muitas mães se queixam, e com razão, da tripla jornada (casa-trabalho-filho), porém a neuropediatra Cypel afirma que “o brincar é tão importante quanto amamentar ou levar ao pediatra”.

Por isso, nos próximos posts, falarei sobre os marcos do desenvolvimento e de que forma incluir as brincadeiras em atividades de rotina.
Conhecer os marcos e observar, estar e brincar com a criança permite que identificamos riscos para o atraso do desenvolvimento e possamos atuar na prevenção da saúde e na qualidade de vida da criança!!!

Caso queiram saber mais sobre estas pesquisas e as valiosas informações tratadas nesta publicação, acessem na íntegra:


Beijos e Até Mais!!!

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Retomando: A ROTINA

O post de hoje é direcionado especialmente aos pais. (E para aqueles que trabalham com e em parceria com os pais!) rs
Há uns post atrás escrevi sobre a rotinas e as "AVDs" (Atividades de Vida Diária).

Pois bem... Resolvi retomar este post!!!


"ro.ti.na 

sf (fr routine1 Caminho habitualmente seguido ou trilhado; caminho já sabido. Hábito de fazer as coisas sempre da mesma maneira, maquinal ou inconscientemente, pela prática, imitação; desídia etc (...)"


"há.bi.to 

sm (lat habitu1 Inclinação por alguma ação, ou disposição de agir constantemente de certo modo, adquirida pela frequente repetição de um ato(...)"

Nós, Terapeutas Ocupacionais, falamos muito da rotina e das atividades que a compõe, mas não sei se conseguimos deixar claro o porquê de se estabelecer estes hábitos. Vamos começar então...

 Os jovens e adultos podem fazer escolhas: se gostam da rotina ou não, se precisam dela ou não. Se gostam de manter horários ou se odeiam repetições. Se desejam profissões e hobbies com horários e papéis determinados ou se preferem lidar com situações diferentes a cada dia. Enfim, somos capazes (ou pelo menos deveríamos ser) de tomar decisões sobre as formas de garantir o melhor desempenho nas tarefas do dia a dia que precisamos realizar. Mas será que as crianças e adolescentes são capazes, sozinhos, de tomar estas decisões?

Hoje um assunto muito importante foi citado durante uma aula: O uso de redes sociais e games online por adolescentes durante a noite e madrugada e as consequências no desempenho escolar.
 Aí levantei o questionamento: de que forma foi estruturada a rotina deste adolescente? Como foi sua infância? Como e quais são os hábitos deste adolescente e como estes hábitos estão sendo acordados entre pais e filhos?

 Então, pensando neste assunto, encontrei um interessante texto que refletia sobre essa mesma questão: comportamento e rotina. Diz assim:


"A rotina é uma organização consciente que a criança apreende desde o nascimento e que se inicia com o exemplo de ações ensinadas pelos pais, fazendo junto e cobrando suas repetições. O exercício da rotina deve ser iniciado através das práticas mais simples, tais como horários para dormir e acordar, cuidados com alimentação e higiene etc. Progressivamente, a criança é condicionada à disciplina e organização, arrumando brinquedos e objetos pessoais, até que tenha condições para selecionar a utilização do seu tempo; nessa fase, aprender a utilizar uma agenda pode ser de grande valia". (http://www.abcdislexia.com.br/dislexia/importancia-da-rotina.htm)

Alguns adultos acreditam que estabelecer e manter uma rotina é uma tarefa difícil. E no começo é mesmo. Para nos ajudar, encontrei o relato super interessante de uma mãe, em um blog (e ainda vem com duas dicas de livros que eu ainda não conheço! rs):

"Lembro-me que quando as crianças eram bem pequenas (bebês) senti muita dificuldade em estabelecer rotina, tudo nos livros é muito fácil, mas a realidade é muito diferente. Mas com o passar dos meses fui percebendo que as tarefas pareciam que começam a se encaixar e tudo fluía melhor. Considero o livro a encantadora de bebês, maravilhoso, ajuda muito nesse processo de estabelecimento de rotina e recentemente li Crianças francesas não fazem manha e também achei fantástico.
A rotina é sim muito importante para a vida da criança e para a nossa também! Hoje com as crianças maiores consigo perceber como todo o esforço valeu a pena, inclusive dão muito menos trabalho quando estão dentro da rotina". (http://dicaspaisefilhos.com.br/bebes-e-criancas/a-importancia-da-rotina-para-as-criancas/)

 PORÉM, pais, não se empolguem!!! Aí vão dois ALERTAS:
 Primeiro: Adultos são adultos e crianças são crianças!!! Gostam de coisas diferentes, possuem diferentes necessidades e precisam de estímulos diferentes! Alguns exemplos pra vocês: sua criança precisa brincar em lugares ricos de experiências sensoriais, motoras e cognitivas. E acredito que elas não precisam das novelas destinadas aos adultos!!! rs
 SegundoNão devemos esquecer que o ciclo ocupacional da criança deve conter todos os tipos de atividades: autocuidado e cuidado com os próprios materiais, lazer, brincadeira, estudo, sono adequado, atividades externas, etc.

"Não adianta os pais implantarem um padrão de rotina que massacre o estudante. É preciso ser certeiro e fazer com que a rotina auxilie e não martirize a todos. (http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/planejamento-estudos-618323.shtml).

 A rotina é importante para que a criança comece a identificar seus papéis e suas necessidades, e assim, tomar atitudes adequadas.
 A organização promovida pela rotina será percebida em todas as áreas de desempenho do seu filho e, por outro lado, poderá facilitar a organização de sua casa e da sua própria rotina a medida que seu filho passe a se tornar mais independente.
 Como podem perceber, todos os textos que citei foram encontrados na internet, em sites de buscas. Ou seja, podemos encontrar as informações adequadas facilmente: basta saber selecioná-la e utilizá-la da melhor forma possível!
 Porém, caso queira repensar nas questões de rotina, desempenho, autonomia e independência de seu filho, você também pode consultar um Terapeuta Ocupacional.


 Beijos e até a próxima!!!